Tropic Thunder (2008)

Género: Acção/Comédia
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Este filme foi, para mim, uma agradável surpresa. Ben Stiller, simultaneamente realizador e actor, é no entanto eclipsado por uma grande performance por parte de Robert Downey Jr. que aqui surge no seu melhor. Mas vamos ao filme que é o que interessa.

Um grupo de actores é reunido no elenco de um filme de guerra de grande orçamento, com o Vietnam como pano de fundo. No entanto os problemas começam a surgir quando estes começam a mostrar as suas personalidades: Ben Stiller é Tugg Speedman, estrela de um filme de acção com tantas sequelas que o próprio narrador se aborrece quando as refere, e marcado por um filme anterior que se revelou um fracasso de bilheteira, é um indivíduo mesquinho que procura estar sempre no centro das atenções; Robert Downey Jr. é Kirk Lazarus, um actor "vencedor de 5 óscares" que se dedica de corpo e alma aos papéis que faz, mantendo-se na personagem mesmo qiando não está a ser filmado; Jack Black incorpora Jeff Portnoy, célebre pela sua flatulenta interpretação em "The Fatties: Fart 1" e "The Fatties: Fart 2", e que é um actor completamente viciado em droga; por último temos o rapper Alpa Chino (interpretado por Brandon T. Jackson) com todas as características que encontramos em indivíduos como 50 Cent, Snoop Dogg e outros que tais.

Esta junção provoca "um atraso de um mês após somente 5 dias de filmagens". A direcção decide então enviar este grupo para o meio da selva, onde serão espalhadas câmaras para captar as emoções vividas por eles, enquanto lutam para sobreviver. Conscientes de que estão em segurança, os actores iniciam a sua jornada, mas a selva esconde vários perigos...

Na minha opinião, o filme tem sucesso porque toma o caminho que a maioria tem medo de tomar. O uso de piadas politicamente incorrectas, o sarcasmo com que se referem explicitamente a outros filmes e actores de Hollywood, as conversas sobre os mais variados assuntos (muito boa a referência à luta entre Blu-Ray e HD-DVD) colocam esta comédia num patamar superior às restantes.

Ah, uma última nota para a performance de Tom Cruise que interpreta Les Grossman, director do estúdio responsável pelo filme, e que o faz de forma brilhante.

Classificação IMDB: 7.4/10
Classificação RottenTomatoes: 7.1/10

Max Payne (2008)

Género: Acção/Crime/Drama
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Antes de mais, convém explicar que eu sou um grande fã do videojogo que deu origem a este filme. Gastei muitas horas com ele, cheguei ao seu final múltiplas vezes, decorei dezenas de diálogos, etc etc etc...

Por tudo isso, a minha expectativa para ver este filme era bastante elevada. Cegamente, acreditava que havia potencial para ser feito um bom filme. Nem aquelas críticas que fui ouvindo depois do seu lançamento me abalaram, "É o normal, as pessoas criticam sempre os filmes que se baseiam nos videojogos", pensava eu. Mas agora dou-lhes razão.

Foi custoso acabar de ver este filme. Cena após cena, era como se me espetassem facas nas costas, enquanto eu via John Moore, o realizador, destruir tudo aquilo que a história de Max Payne tem de melhor. Nem sequer em pequenos pormenores Moore conseguiu respeitar o ambiente criado no videojogo. Dou apenas alguns exemplos: no jogo, Jim Bravura é o típico detective nova-iorquino, experiente, na casa dos 50 anos, caucasiano com o seu bigode branco, alguém para quem o cidadão comum olharia como "aquele que trabalha para apanhar os mauzões"; no fime, este papel é desempenhado por Ludacris, um rapper negro com 30 anos, convertido à pressão em actor, que fica tão bem como detective como Eddie Murphy, mas com metade do estilo e da piada deste último. E Lupino, que no jogo é um dealer, e membro de um culto satânico, enquanto que no filme é um ex-oficial do exército americano, que depois de uma experiência com a droga Valkyr desenvolve poderes quase sobrehumanos, e agora passa o dia a matar pessoas em Nova Iorque, vagueando pelos telhados. E no filme ainda temos o tatuador que é profeta e que percebe tudo de mitologia nórdica, as Valquírias que aparentemente estão reunidas naquele local, entre muitas outras parvoíces. Até Nelly Furtado tem um papel no filme...

Max Payne não merecia isto.

Classificação IMDB: 5.7/10
Classificação RottenTomatoes: 3.8/10

Jake's Closet (2007)

Género: Drama/Suspense
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"Jake's Closet" transporta-nos numa viagem até à mente de um rapaz de seis anos de idade que acredita que existe algo de mau no seu armário, de uma forma intensa e repleta de suspense. Jake vive atormentado pelos barulhos que ouve durante a noite, e quase que somos capazes de sentir o seu pânico. Com os seus pais a passar por um processo de divórcio, e demasiado preocupados com os seus problemas, Jake é forçado a enfrentar sozinho os seus medos...

Este filme mostra-nos um retrato da infância, das marcas que ela pode deixar na nossa vida e da dura realidade de uma família dominada pelo medo. Medo da solidão, medo do sucesso das outras pessoas, medo que as outras pessoas se apercebam dos seus problemas.

Classificação IMDB: 5.7/10
Classificação RottenTomatoes: n/a

Traitor (2008)

Género: Crime/Drama/Thriller
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Neste filme acompanhamos a história de Samir Horn (interpretado por Don Cheadle - "Crash", "Hotel Rwanda"), um devoto muçulmano americano e antigo especialista em explosivos do exército dos Estados Unidos. Samir é capturado no Yemen enquanto tentava vender coletes para bombistas suicidas a um grupo terrorista local. Durante a sua estadia na prisão a sua relação com os terroristas estreita-se, e após a saída destes do encarceramento Samir viaja de país em país cometendo actos terroristas. Detectado pelo FBI, é iniciada uma operação para o capturar, antes do seu próximo ataque.

Este filme, na minha opinião, oferece uma pequena visão do modus operandi dos grupos terroristas que espalham o medo no Ocidente, desde a fase de recrutamento de novos membros até à execução de um ataque terrorista com recurso a explosivos. Também tenta mostrar a vulnerabilidade de qualquer país face a um plano terrorista meticulosamente elaborado.

Classificação IMDB: 7.3/10
Classificação RottenTomatoes: 6.1/10

WALL-E

Género: Animação
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Tive a oportunidade de, há poucos dias, poder visualizar o Wall-e. Não posso dizer que sou um fã do cinema de animação, no entanto também não o abomino, portanto decidi dar uma hipótese a este filme. Em boa hora o fiz, pois depois de um dia cansativo foi muito relaxante o tempo que gastei para o ver.

Muito resumidamente, este filme relata-nos a história de um pequeno robot compactador de lixo, o WALL-E (abreviatura de Waste Allocation Lift Loader, Earth-Class). Num cenário futurista, o planeta ficou tão coberto de lixo que toda a população teve que o abandonar, passando a viver numa nave espacial. Para trás ficou o WALL-E, encarregue de limpar toda aquela confusão. E assim WALL-E vivia numa rotina, recolhendo, compactando e arrumando o lixo que o rodeava, apenas com uma barata como amiga e companhia.

Mas tudo mudou quando EVE, um outro robot, encarregue de tentar descobrir se a vida era novamente possível na Terra, surge. Este foi o primeiro passo da aventura de WALL-E, que o levou numa viagem extra-planetária até à nave onde os humanos permanecem. Aqui podemos ver uma pequena crítica ao modo como vivemos, pois os humanos tornaram-se tão preguiçosos que vivem permanentemente numa espécie de sofás voadores, com os quais se deslocam, e com um ecrã colocado mesmo em frente da sua face, alheando-os de tudo o que se passa ao redor. São todos extremamente obesos, e os anos passados sem exercício físico levaram a uma redução da massa óssea...

Não vou contar mais nada para não estragar a experiência a quem ainda não viu o filme, descubram o resto vocês mesmos.

Classificação IMDB: 8.7/10
Classificação RottenTomatoes: 8.5/10

Afinal a Esquina do Imprevisto não está morta!

A Esquina do Imprevisto não tem tido muita animação nos últimos tempos... Um pouco por preguiça, mas também porque não tenho tido muita vontade nem disponibilidade para postar aqui. No entanto vou tentar dar uma nova vida ao blog a partir de hoje.

Durante esta pausa iniciei também um novo blog, o Volto Já, onde coloco regularmente aqueles vídeos que vou encontrando pela Internet e que me agradam, para assim os partilhar com outros internautas.

A Esquina do Imprevisto será, pelo menos por agora, apenas reservada para eu efectuar pequenas críticas dos filmes que vou vendo, à semelhança do que eu já vinha fazendo, apesar de não ser essa a minha ideia original.

Vemo-nos por aí!