segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Jump! (2007)

Género: Drama
Realizador: Joshua Sinclair
Com: Ben Silverstone, Patrick Swayze, Heinz Hoenig e Anja Kruse, entre outros.
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Em 1928, os judeus Philippe Halsman e o seu pai, Morduch Halsman, decidem passar juntos o fim de semana nos Alpes Aústriacos. Ambos vêm nesta actividade uma hipótese para fortalecerem os seus laços familiares, que não são propriamente os melhores. Os dois partem em caminhada por um trilho de montanha, mas um acidente faz Morduch cair de uma ribanceira até junto de um pequeno riacho, onde viria a perder a vida. Em pânico, Philippe corre até uma pequena aldeia em busca de ajuda, mas a reacção não é a que ele esperava. Numa época em que o clima político começava a mudar, e a doutrina nazi se alastrava rapidamente, o jovem judeu vê-se subitamente acusado do assassinato do seu pai, numa das regiões mais xenófobas de toda a Europa.

"Jump!" é um filme baseado numa história real, focado numa época conturbada da vida de Philippe Halsman, considerado por muitos como um dos melhores fotógrafos de sempre. É um filme que, como muitos outros, se foca na intolerância e nas perseguições que os judeus sofreram durante grande parte da primeira metade do século passado. É também um interessante ensaio sobre as relações intra-familiares, e a forma como estas são percepcionadas por terceiros.

Produzido na Aústria, este filme rapidamente mostra sinais de um orçamento algo limitado. O filme aproveita muito bem as paisagens naturais do Tirol, oferecendo-nos algumas cenas que quase nos tiram a respiração. No entanto, a fotografia não é das melhores que já vi, e mostra-se um pouco desajustada e mal utilizada. Os efeitos visuais estão também a um nível muito baixo, com cenas absolutamente terríveis, nomeadamente uma em que Philippe arrasta o seu pai, já morto, e onde se vê claramente que é um boneco que ele realmente arrasta. É que nem sequer parece haver um cuidado em esconder estas graves falhas, uma vez que o realizador faz questão de nos oferecer logo a seguir um grande plano da cara do boneco. Outro problema tem a ver com o guarda-roupa que, apesar de utilizar indumentárias austríacas que claramente identificamos como sendo daquela época, o faz de uma forma demasiado artificial. Quase parece que estamos numa Oktoberfest ou numa feira temática, tal é a perfeição e a limpeza que as roupas aparentam.

Felizmente, nem tudo é mau em "Jump!". O argumento é ligeiro mas interessante, não obstante alguns erros e o facto de o filme deixar antever o final logo com a sua cena inicial. As performances dos actores, apesar de um tanto ou quanto rígidas, estão também num bom plano, com prestações francamente positivas de Ben Silverstone e Patrick Swayze, claramente entre os melhores do filme.

"Jump!" consegue também distanciar-se um pouco do estereótipo dos filmes sobre o Holocausto, focando-se num período prévio a este acontecimento e preferindo mostrar a forma gradual como o sentimento nazi se foi apoderando das populações.

No geral, "Jump!" é um filme que poderá agradar a uma pequena fatia da audiência, mas que tem demasiados problemas para satisfazer a exigência do grande público. Não posso dizer que me agradou, mas tãmbém não foi dos piores que já vi. Veja o trailer e decida por si se merece uma oportunidade.

O melhor: bom retrato do clima político vivido na Europa central, naquela época.
O pior: efeitos visuais terríveis.
Alternativas: Europa Europa (1990), Sunshine (1999), Max (2002)

Classificação IMDB: 5.8/10
Classificação RottenTomatoes: n/a

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

The Watch (2008)

Género: Drama/Horror/Thriller
Realizador: Jim Donovan
Com: Clea DuVall, Elizabeth Whitmere, James A. Woods e Victoria Sanchez, entre outros.
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Cassie é uma jovem que, enquanto criança, foi raptada. A polícia conseguiu encontrá-la, mas o acontecimento foi tão traumático que ela nunca conseguiu recuperar totalmente. Dezanove anos depois, Cassie é uma estudante de psicologia próxima de terminar o seu curso, bastando-lhe concluir a sua tese para este efeito. A pouco mais de um mês da data de entrega da tese, Cassie decide voluntariar-se para um trabalho como vigilante, numa torre de vigia isolada no centro de uma reserva florestal. Serão três semanas onde ela estará completamente isolada do resto do mundo, onde ela espera conseguir exorcizar os seus demónios, e encontrar o sossego que lhe permitirá terminar a sua tese. Mas à medida que ela se vai sentindo cada vez mais só, estranhas coisas começam a acontecer. Ou serão apenas sintomas de paranóia?

Antes de mais, devo mencionar que "The Watch" foi produzido directamente para a televisão, e depois foi lançado para o mercado em formato DVD, sem nunca ter passado pelos cinemas. Dito isto, passemos à análise do filme.

À medida que a história de "The Watch" vai avançando, começamos a perceber que não estamos apenas perante um comum filme de horror/suspense. O ênfase do filme é nos aspectos psicológicos, e na forma como um evento traumático no passado nos pode fazer ver as coisas de uma forma completamente diferente. Porém, apesar de o tema do filme ser um pouco diferente dos cenários habituais que encontrámos nos títulos deste género, "The Watch" não consegue evitar o recurso a técnicas já vistas e revistas inúmeras vezes.

Mas não consigo deixar de valorizar o esforço feito pelo realizador. O filme começa algo lento, numa tentativa de nos contextualizar - esta parte provavelmente poderia ser melhorada um pouco, mas não me desagradou - e depois vai começando a acumular a tensão a pouco e pouco, a um ritmo muito adequado, até aos primeiros "sustos". E é nestes primeiros momentos que encontramos os melhores momentos do filme. De facto, estes estão tão bem construídos, e tudo aquilo que os procedeu foi tão bem conduzido, que quando eles surgiram eu senti realmente uma alteração no meu ritmo cardíaco, e um autêntico arrepio na espinha. Foram sem dúvida alguns dos melhores momentos com filmes deste género nos últimos tempos, e tiro o meu chapéu ao realizador por isso.

Porém, depois destes momentos o filme começa a entrar numa curva descendente de qualidade. A cerca de um terço do fim do filme, somos confrontados com um twist no argumento. Para mim, a maioria dos twists nos argumentos pode ser classificada numa de três alternativas: aqueles que, para além de nos deixarem intrigados e/ou interessados, não têm um verdadeiro impacto no filme; aqueles que são brilhantes, e que catapultam o filme para um patamar superior de qualidade; e os horríveis, que acabam completamente com o filme. O twist deste "The Watch" encaixa perfeitamente nesta última categoria. Depois deste o filme nunca mais se consegue encontrar, terminando com um dos finais mais desajustados que já vi em filmes deste género.

Quanto aos actores de "The Watch", Clea DuVall obtêm facilmente a distinção do melhor desempenho, não só pelo seu protagonismo ou pela sua interpretação per se, mas muito por culpa do fraco nível revelado pelo resto do elenco. Há, na minha opinião, alguns erros de casting, nomeadamente nas escolhas de James Woods, cuja personagem teria bastante a ganhar com a escolha de um actor mais maduro, e de Elizabeth Whitmere, que tem um tom de voz demasiado nasalado e que me perturbou a concentração.

Nos aspectos técnicos "The Watch" também não deslumbra. Alguns planos de câmara são desajustados e, no geral, o trabalho de câmara revela pouco profissionalismo. O filme tenta esconder algumas limitações no orçamento com recurso a planos muito fechados, um pouco distorcidos e baços, mas com um resultado final medíocre. O argumento, apesar de algumas incongruências e inconsistências, é razoável. Os outros elementos não merecem a minha atenção pois não influenciam negativa ou positivamente o desempenho do filme.

Concluindo, "The Watch" é um filme que promete bastante nos primeiros instantes, e que ganha créditos até aos momentos de maior tensão. Estes são o canto do cisne, e a partir daí não há nada de positivo que possa ressalvar. Se esta parte final fosse diferente, podíamos estar agora a falar de um dos melhores títulos no género do terror psicológico, dos últimos tempos. Não sendo assim, resta-me arrumar "The Watch" na prateleira dos filmes medíocres.

O melhor: os momentos de maior tensão.
O pior: o último terço do filme.
Alternativas: Ringu (1998), The Blair Witch Project (1999), Ju-On (2002), The Others (2001)

Classificação IMDB: 5.4/10
Classificação RottenTomatoes: n/a

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

The Butterfly Effect 3: Revelations (2009)

Género: Drama/Ficção Científica/Thriller
Realizador: Seth Grossman
Com: Chris Carmack, Rachel Miner, Kevin Yon e Lynch R. Travis, entre outros.
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Sam Reide é um homem com o estranho poder de viajar no tempo, até eventos no passado. Ele trabalha em conjunto com o departamento da polícia na resolução de crimes cuja investigação não consegue avançar mais, através de viagens até ao passado, assistindo aos crimes e reportando a identidade dos perpetradores. Um dia, Sam recebe a visita de Rebecca Brown, irmã de uma antiga namorada de Sam, Elizabeth, brutalmente assassinada há alguns anos. Esta entrega-lhe o diário da irmã e conta-lhe que Lonnie Flennons, namorado de Elizabeth pela altura da sua morte, está inocente e será executado em breve, acusado do terrível crime. Relutantemente, Sam acede ao pedido e prepara-se para enfrentar os seus fantasmas, mas terá que ter cuidado pois qualquer acção que tenha no passado poderá ter sérias repercussões no presente.

"The Butterfly Effect 3: Revelations" é o terceiro filme de uma série que se iniciou em 2004, com "The Butterfly Effect". Apesar do título em comum, todos os filmes têm histórias completamente distintas, sendo que o único ponto que possuem em comum é a habilidade dos protagonistas em viajar no tempo e alterar o presente através de acções no passado.

O argumento de "The Butterfly Effect 3: Revelations" tem algumas falhas mas, no geral, é interessante. A forma como desafia a audiência a tentar descobrir o mistério que esconde é eficaz e permite-lhe que esta se mantenha cativada durante a duração do filme. Há algumas cenas mais dramáticas que estão muito bem construídas, o que só atesta a qualidade do guião. O filme aposta, fundamentalmente, nos paradoxos causados com as constantes viagens no tempo, e na forma como estas causam mudanças no presente. Porém, as variações constantes na linha temporal fazem com que o filme se torne mais complicado de acompanhar, e dá azo a algumas falhas no argumento que poderiam ser evitadas.

Os actores tem performances que se revelam adequadas, sem brilhantismo mas bastante competentes. O único actor com que não consegui encarar foi Richard Wilkinson, que me pareceu um pouco desajustado do seu papel.

Alguns aspectos onde o filme consegue de facto somar alguns pontos são a cinematografia, o som e os efeitos especiais. A única queixa que tenho é o sentimento de claustrofobia que o filme transmite em algumas situações, devido à utilização de cenários fechados e pouco iluminados. "The Butterfly Effect 3: Revelations" esconde uma história que gira em volta de uma figura que fica conhecido como o "Assassino de Pontiac", e como tal há várias cenas mais gráficas, mas que estão realizadas de uma forma muito profissional. Aproveito para alertar que este filme se destina a um público mais maduro, em grande parte devido à violência envolvida mas também devido a uma cena de sexo mais explícita.

Em suma, "The Butterly Effect 3: Revelations" vem trazer um novo fôlego à série, depois do fracasso que se revelou o segundo capítulo. Não chega ao patamar de sucesso do primeiro "The Butterfly Effect", como o comprova o lançamento directo para o mercado de DVDs, mas apresenta-se como uma sólida experiência de entretenimento. Se a premissa o atrai, então recomendo-lhe que lhe dê uma oportunidade. Mas não vá com as expectativas muito elevadas...

O melhor: a cinematografia.
O pior: não satisfaz completamente; alguns erros lógicos no argumento.
Alternativas: Back to the Future (1985), Timecop (1994), Twelve Monkeys (1995), The Butterfly Effect (2004)

Classificação IMDB: 5.9/10
Classificação RottenTomatoes: n/a

Perkins' 14 (2009)

Género: Horror
Realizador: Craig Singer
Com: Patrick O'Kane, Richard Brake, Shayla Beesley e Mihaela Mihut, entre outros.
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Stone Cove é uma pequena cidade no estado nortenho do Maine, nos Estados Unidos que, há dez anos atrás, foi abalada por uma terrível série de raptos que retirou catorze crianças aos respectivos pais. Dwayne Hopper é polícia, e pai de uma das crianças desaparecidas. Durante um turno nocturno na esquadra local, Hopper troca algumas palavras com um dos prisioneiros, Ronald Perkins, um farmacêutico que foi encarcerado durante o dia, e que afirma que foi detido por engano. Intrigado por este misterioso indivíduo, Hopper faz algumas pesquisas e começa a suspeitar que este homem é o responsável pelo rapto do seu filho e das outras treze crianças.

"Perkins' 14" revelou-se, para mim, uma agradável surpresa. Mas vamos por partes. O filme começa envolto numa aura de mistério, onde as personagens vão interagindo entre si, e onde a pouco e pouco as suas relações nos começam a ser reveladas. Algumas pessoas poderão sentir-se algo confusas durante esta parte, pois o argumento não é muito explícito e força as pessoas a assumir alguns factos para poderem entender aquilo que se desenrola na tela.

Mas esta fase mais confusa termina rapidamente, e o filme embala então para um bom desempenho, para o qual contribui decisivamente Richard Brake, na pele do misterioso e perturbador Ronald Perkins. É a esta personagem que pertence uma das cenas mais marcantes deste filme, num diálogo dentro da cela onde a qualidade da iluminação, do jogo entre luzes e sombras, apenas exponencia ainda mais o seu brilhantismo.

Podemos quase considerar este "Perkins' 14" como um filme dois-em-um. Na primeira parte, a história do psicopata; na segunda, a história das vítimas. Se a primeira parte é um bom exemplo de um filme de suspense, ou até de um thriller, já a segunda é um verdadeiro festim de carnificina, com muito sangue e muito gore à mistura. E quando digo gore, é mesmo isso que quero dizer. O realizador não é parco em trazer-nos cenas extremamente gráficas, com efeitos especiais e caracterizações muito bem elaboradas, capazes de causar o choque em alguns espectadores mais impressionáveis. Ok, algumas cenas são um bocado forçadas, mas no geral estão acima da média.

No argumento de "Perkins' 14" encontramos, simultaneamente, um dos seus aspectos mais positivos e um dos seus maiores defeitos. Pela positiva, realço a capacidade que o argumento tem de nos surpreender, com vários twists muito bem conseguidos. No entanto, este argumento acaba por se revelar pouco sólido, com os habituais ataques de estupidez que parecem destinados a assolar os filmes deste género. A sério, será que é assim tão complicado que os actores se comportem como qualquer ser humano se comportaria, na mesma situação? Quem é que, enquanto se encontra barricado numa sala para escapar da morte certa, decide ir à casa de banho? E este é só um exemplo.

Felizmente o filme tem outras qualidades que atenuam esta faceta mais medíocre, tais como as que já foram referidas.

Quanto às performances dos actores, Richard Brake é aquele que mais se destaca, como já afirmei. A conjugação entre o aspecto físico do actor, a sua caracterização e a mente perturbadora de Ronald Perkins está absolutamente perfeita e, apesar da prestação do actor se resumir aos primeiros trinta minutos do filme, é sem dúvida uma personagem que guardarei na memória durante algum tempo. Patrick O'Kane é aquele que tem mais tempo de cena, e apesar do seu desempenho ser satisfatório notam-se algumas deficiências, nomeadamente devido a uma fraca ligação de empatia entre este e a audiência, e a uma performance que, a espaços, parece demasiado mecânica. As restantes personagens não merecem propriamente uma menção, pois revelam-se pouco relevantes para o desenlace final da história.

No final, "Perkins' 14" é um filme que decerto agradará aos amantes dos filmes de John Carpenter ou de George Romero. Tem alguns defeitos, mas para aqueles que procuram um filme que não os obrigue a puxar muito pela cabeça, então aqui está uma excelente opção. Recomendo-o aos amantes do género.

O melhor: Richard Brake; a caracterização.
O pior: as personagens secundárias são todas estúpidas.
Alternativas: Dawn of the Dead (1978), 28 Days Later (2002), Planet Terror (2007)

Classificação IMDB: 5.2/10
Classificação RottenTomatoes: n/a

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Slaughter (2009)

Género: Horror
Realizador: Stewart Hopewell
Com: Lucy Holt, Amy Shiels, David Sterne e Maxim Knight, entre outros.
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Faith é uma jovem mulher que se muda para Atlanta para fugir do seu obsessivo ex-namorado. Ainda mal tinha desfeito as malas quando, numa noite na discoteca, trava conhecimento com Lola, uma jovem que vive numa quinta nos arredores da cidade. A amizade vai crescendo entre as duas com o passar dos dias, e eventualmente Faith decide ir viver com Lola, a troco de ajuda nos trabalhos da quinta. Faith imediatamente repara no comportamento misterioso dos familiares de Lola, com atitudes pouco amistosas perante todos os estranhos. Algo de estranho se passa nesta quinta...

"Slaughter" é um filme baseado em eventos reais, que encaixa perfeitamente no estereótipo dos "filmes de horror sobre o lado negro da América rural". De facto, sou quase capaz de apostar que, após lerem a sinopse do filme, são capazes de - em traços gerais - imaginar com um grau de certeza bastante grande aquilo que se irá passar no filme.

O filme até começa relativamente bem, com um ritmo lento e uma série de cenas muito bem enquadradas, cumprindo a sua missão de nos apresentar a personagem principal, Lola. No entanto, depois desta sequência introdutória, "Slaughter" demora a encontrar o ritmo adequado para este género de filmes, tornando-se aborrecido e pouco apelativo. De pouco servem um ou outro esporádico elemento de interesse, que se perde no meio do marasmo criativo do argumento.

Os actores deste "Slaughter" também não são nada de especial. Amy Shiels e Lucy Holt têm um desempenho decente, mas desprovido de qualquer momento mais cintilante. As restantes personagens são tão secundárias que praticamente não acrescentam nada à história, com excepção do pequeno Maxim Knight, que apesar do seu pequeno papel é um dos momentos altos do filme.

Tecnicamente, o filme também não deslumbra. O trabalho de câmara, os cenários, a fotografia, o som ou a iluminação cumprem apenas os objectivos mínimos exigíveis pelos parâmetros actuais do cinema, deixando algo a desejar mas sem prejudicar decisivamente o desempenho do filme.

No final, "Slaughter" deixa-nos com um sentimento de decepção. O filme nunca consegue captar completamente a nossa atenção, e não se admirem se a meio deste começarem a olhar para o relógio para ver quanto tempo falta para terminar. As personagens sofrem de um mal crónico neste género de filmes: são estúpidas e fazem sempre péssimas escolhas. E o filme sofre sem dúvida com este aspecto, pois como é que é possível levar a sério um filme em que questionamos praticamente todas as acções das personagens? Pessoalmente, julgo que este "Slaughter" podia ser bem mais perturbador e violento do que é, pois o realizador prefere esconder as cenas mais gráficas e camuflá-las com efeitos sonoros mais intensos. Mas esta é apenas uma opinião pessoal. Para terminar, realço também o péssimo final, sem dúvida um dos piores de entre todos aqueles pelos quais o realizador poderia ter optado.

Em suma, um filme a evitar.

O melhor: muito pouco, mas vou optar por apontar a banda sonora.
O pior: aborrecido e inapelativo; noventa minutos de puro tédio.
Alternativas: The Texas Chain Saw Massacre (1974), Wolf Creek (2004), The Hills Have Eyes (2006)

Classificação IMDB: 4.6/10
Classificação RottenTomatoes: n/a