segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Max Payne (2008)

Género: Acção/Crime/Drama
Página oficial
Poster encontrado aqui.

Antes de mais, convém explicar que eu sou um grande fã do videojogo que deu origem a este filme. Gastei muitas horas com ele, cheguei ao seu final múltiplas vezes, decorei dezenas de diálogos, etc etc etc...

Por tudo isso, a minha expectativa para ver este filme era bastante elevada. Cegamente, acreditava que havia potencial para ser feito um bom filme. Nem aquelas críticas que fui ouvindo depois do seu lançamento me abalaram, "É o normal, as pessoas criticam sempre os filmes que se baseiam nos videojogos", pensava eu. Mas agora dou-lhes razão.

Foi custoso acabar de ver este filme. Cena após cena, era como se me espetassem facas nas costas, enquanto eu via John Moore, o realizador, destruir tudo aquilo que a história de Max Payne tem de melhor. Nem sequer em pequenos pormenores Moore conseguiu respeitar o ambiente criado no videojogo. Dou apenas alguns exemplos: no jogo, Jim Bravura é o típico detective nova-iorquino, experiente, na casa dos 50 anos, caucasiano com o seu bigode branco, alguém para quem o cidadão comum olharia como "aquele que trabalha para apanhar os mauzões"; no fime, este papel é desempenhado por Ludacris, um rapper negro com 30 anos, convertido à pressão em actor, que fica tão bem como detective como Eddie Murphy, mas com metade do estilo e da piada deste último. E Lupino, que no jogo é um dealer, e membro de um culto satânico, enquanto que no filme é um ex-oficial do exército americano, que depois de uma experiência com a droga Valkyr desenvolve poderes quase sobrehumanos, e agora passa o dia a matar pessoas em Nova Iorque, vagueando pelos telhados. E no filme ainda temos o tatuador que é profeta e que percebe tudo de mitologia nórdica, as Valquírias que aparentemente estão reunidas naquele local, entre muitas outras parvoíces. Até Nelly Furtado tem um papel no filme...

Max Payne não merecia isto.

Classificação IMDB: 5.7/10
Classificação RottenTomatoes: 3.8/10

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