Género: Horror
Realizador: Toby Wilkins
Com: Paulo Costanzo, Jill Wagner, Shea Whigham e Rachel Kerbs, entre outros.
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Trailer
Poster encontrado aqui.
Quando Polly e Seth decidiram comemorar o seu aniversário de namoro acampando na floresta, estavam longe de imaginar o que os esperaria. Os seus caminhos cruzam-se com os de um casal de criminosos em fuga, que os faz reféns e os obriga a viajar em direcção à fronteira. O grupo vê-se forçado a parar numa estação de serviço devido a problemas com o carro em que seguem, e a macabra descoberta de um homem ensanguentado e coberto de espinhos no WC desta é apenas o início de uma terrível experiência.
A estrutura basilar de "Splinter" é bastante simples e já extensivamente utilizada em inúmeros filmes do género: uma localização isolada, um monstro/assassino, e um grupo de pessoas que tentam sobreviver a todo o custo. Neste aspecto, o facto de maior relevo prende-se com a figura do "assassino", que em "Splinter" é um parasita que infecta o corpo dos hospedeiros, transformando a matéria orgânica destes num emaranhado de espinhos e tomando controlo dos seus movimentos.
Quanto às personagens, estas destacam-se pela sua atitude, procurando incessantemente soluções para a sua situação e gizando planos para conseguirem sobreviver, ao invés de entrarem em pânico e efectuarem uma série de acções que ninguém, no seu perfeito juízo, faria. Os actores que lhes dão corpo encarnam perfeitamente este espírito, providenciando realismo a estas personagens.
Apesar de ser um filme independente, "Splinter" demonstra bons valores de produção, nomeadamente ao nível da fotografia, que está no mesmo patamar de qualidade da maioria dos filmes de Hollywood. O mesmo já não pode ser dito da sonoplastia, que não convence completamente, particularmente nos efeitos sonoros das armas. Inevitavelmente, o orçamento limitado acaba por condicionar a forma como o filme é realizado, e em "Splinter" este aspecto revela-se na reduzida variedade dos cenários, e nos efeitos visuais. Este último pormenor é colmatado recorrendo frequentemente a planos rápidos que não permitem ver claramente a criatura com que os personagens se debatem. Mas não se pense que o filme não tem nada para nos oferecer neste capítulo, pois o realizador oferece-nos uma mão cheia de cenas em que podemos ver claramente efeitos especiais de grande qualidade, sem recurso a imagens geradas por computador, que parecem ser a alternativa mais utilizada na indústria cinematográfica da actualidade, muitas vezes com resultados francamente maus.Uma última nota para referir a existência de uma série de clichés que marcam presença neste filme de uma forma perfeitamente escusada, e de vários erros e buracos no argumento que prejudicam sem dúvida o desempenho geral deste filme.
Resumidamente, "Splinter" é um filme com um fórmula linear e já extensivamente utilizada, mas que surpreende pelas suas personagens que tentam fugir aos estereótipos e por uma realização muito profissional. Se gosta deste género de filmes, "Splinter" poderá ser uma agradável alternativa. No entanto, para a maioria das pessoas, será apenas um título razoável, a pender para a mediocridade.
O melhor: personagens mais inteligentes e determinadas do que na generalidade dos filmes deste género.
O pior: argumento linear e com muitos erros.
Alternativas: The Thing (1982), Re-Animator (1985), Feast (2005), Slither (2006)
Classificação IMDB: 6.3/10
Classificação RottenTomatoes: 6.3/10
Classificação MovieReviews.com: 3.2/5
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