Género: Drama/Thriller
Realizador: Ridley Scott
Com: Leonardo DiCaprio, Russell Crowe, Mark Strong e Golshifteh Farahani, entre outros.
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Trailer
Poster encontrado aqui.
Roger Ferris, oficial da CIA no Médio Oriente, tem como missão a captura de Al Saleem, um clérigo suspeito da orquestração de vários atentados terroristas por toda a Europa, mas sem qualquer prova que o incrimine. Ferris entra em contacto com Hani Salaam, chefe da segurança interna da Jordânia, para que este o ajude a alcançar o seu objectivo. Salaam é um homem para quem a honra e a palavra valem mais do que tudo o resto, e não tolera qualquer mentira. Rodeado de cinismo pelos seus superiores, que lhe escondem informações e operam nas suas costas, Ferris não consegue avançar na investigação, e quando tudo o resto falha, ele coloca em acção um intrincado e arriscado plano.
Baseado num livro de David Ignatius, escritor e jornalista norte-americano, "Body of Lies" é uma história de espionagem em cenário de guerra. No caldeirão explosivo em que se tornou o Médio Oriente, é difícil saber em quem confiar, e este filme debruça-se um pouco sobre esta temática. Há personagens de todos os tipos neste filme, desde extremistas islâmicos até aos muçulmanos mais moderados, oficiais norte-americanos que comandam as operações à distância como se de um jogo se tratasse e operativos respeitáveis que honram a sua missão.
Leonardo DiCaprio, apesar de não figurar na lista dos meus actores de referência, apresenta-nos uma performance sólida e bem conseguida, criando uma personagem que complementa muito bem a representada por Russell Crowe. Mark Strong, na pele de Hani Salaam, brinda-nos com um dos melhores desempenhos da fita, transmitindo em todos os instantes que aparece um misto de sentimentos como dúvida, medo e respeito.
Mas aparte os desempenhos bem conseguidos dos actores, é no enredo e na realização que o filme se destaca dos demais dentro do género. Ridley Scott, com a sabedoria que os seus 70 anos lhe conferem, e depois de já se ter aventurado em praticamente todos os géneros existentes, coloca o seu dedo nesta sua nova experiência. E em boa hora o fez, pois se fosse um realizador menos experiente a dirigir o filme, poderíamos estar perante mais um filme que usa e abusa de explosões, tiroteios e cenas de pugilato, em detrimento do enredo. Enredo este que está muito bem construído, profundo e com várias histórias secundárias, mas apresentado de uma forma simples, evitando que se torne confuso.
Um filme que agradará certamente aos amantes do género.
O melhor: boas performances de DiCaprio, Crowe e Strong.
O pior: falta de cenas realmente marcantes, o que provavelmente fará com que o filme seja relegado ao esquecimento.
Alternativas: Syriana (2005), The Good Shepherd (2006), The Kingdom (2007)
Classificação IMDB: 7.2/10
Classificação RottenTomatoes: 5.7/10
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