segunda-feira, 25 de maio de 2009

Chûgoku no Chôjin (The Bird People In China) (1998)

Género: Aventura/Drama
Realizador: Takashi Miike
Com: Masahiro Motoki, Renji Ishibashi, Mako e Yuichi Minato, entre outros.
Trailer
Poster encontrado aqui.

Um jovem gestor japonês é enviado pela sua empresa para uma aldeia remota da China para avaliar a qualidade dos depósitos de jade aí encontrados. No entanto, mal desembarca na China é abordado por um yakuza, enviado por um grupo de mafiosos japoneses interessados em cobrar as dívidas que a empresa tem para com estes. Assim, juntos, os dois homens iniciam uma viagem que os mudará para sempre.

Este é um daqueles filmes que nos podem passar despercebidos durante toda uma vida, principalmente devido à pouca expressão que o cinema oriental possui nos países ocidentais. Mas garanto-vos, tal como o jade que dá mote ao enredo, este filme é uma verdadeira gema. Longe do estilo dos filmes que tornaram Takashi Miike conhecido, como "Ichi The Killer" ou "Dead or Alive", este filme é uma autêntica torrente de emoções, uma ode à beleza deste fantástico mundo que é o cinema.

Os dois protagonistas encaixam perfeitamente: de um lado temos o sóbrio e inocente gestor, e do outro o excêntrico e sombrio yakuza. Mas há muitos pontos em comum entre estas duas figuras dispares. E também há alguns bons momentos de humor.

Os cenários naturais são absolutamente fantásticos, e podemos ver diversas localizações diferentes durante a viagem dos protagonistas. A técnica utilizada pelo realizador, com longos planos abertos que nos deixam apreciar esta beleza, deixa-nos extasiados e com vontade de ir a correr apanhar um avião. Há cenas que são verdadeiramente mágicas, que nos deixam perplexos perante a sua complexa simplicidade. E o que dizer da música, que nos embala, que nos deixa tristes mas felizes ao mesmo tempo?

Há ainda muito a dizer sobre este filme, mas não o vou fazer. "The Bird People In China" é um filme de emoções e de experiências visuais, não de palavras. É um filme sobre a necessidade que temos de sonhar, e da importância de manter certos locais inocentes e sem a influência da civilização.

Este filme entra directamente para a minha lista de filmes preferidos. Pode ser difícil de o encontrar, mas vale bem a pena.

O melhor: tudo.
O pior: não fosse o conselho de um amigo e provavelmente nunca veria este filme.
Alternativas: Lost Horizon (1937), La Vallée (1972), The Man Who Would Be King (1975)

Classificação IMDB: 7.8/10
Classificação RottenTomatoes: n/a

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